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Há precisamente um ano, acordava pelas 6h da manhã com a notícia de que tinhas partido...

Há um ano soube o que era sentir uma dor tão forte que não dava para explicar... 

Naquele instante dei um salto da cama, e naquele momento sabia que mais nada importava, que realmente é preciso beijar e abraçar as pessoas que mais amamos como se fosse a última vez, porque nunca saberemos se realmente o é... E eu não o fiz avó, a última vez que estive contigo não te dei um abraço apertado como de costume e não te dei um beijinho grande como sempre fazia, e não foi por não querer, foi exactamente porque não podia, eu estava doente e tu vulnerável...  Nunca pensei que só te ira ver já sem respirar, já sem esse tão bom coração a bater e numa cama de hospital, ali sem te mexeres, sem me dizeres "Olá minha querida", "Olá meu amor", durante este ano da tua ausência fiz um esforço enorme de replicar imensas vezes na minha cabeça a melodia da sua voz ao dizer-me tais palavras, fiz um esforço enorme para não me esquecer de como sorria e ficava tão contente por ver a sua neta mais nova, de como me recebia, de como os seus olhos brilhavam! Ai avó, que saudades eu tenho! Que saudades sinto das suas gargalhadas, dos seus lanchinhos, dos melhores rissóis do mundo, dos seus mimos! De a poder abraçar, de poder caminhar ao seu lado sempre na conversa, de a colocar de baixo do meu braço a apertar-la, pois esse era o meu vício, poder brincar consigo sobre ser mais alta e conseguir agarra-la como se fosse o meu mundo!

E a avó era sem dúvida o meu mundo, e partiu assim sem avisar, partiu no momento em que todos achávamos que estava tudo a melhorar, que ia ultrapassar! Eu acompanhei-a na pior fase, na fase em que se recusava a ser operada, e eu fiz de tudo para a convencer, e prometi-lhe naquela cama de hospital que iria ficar tudo bem, que iria vencer aquele obstáculo como sempre venceu todos os outros e que iria ver-me que iria ver os seus netos por muitos anos ainda, e 2 meses depois, acordo com a notícia que o seu coração não aguentou... Como é que se lida com esta perda avó? Como se lida com o facto de não a poder ter aqui? Como se lida com a dor da sua ausência?  

No dia do seu funeral, tinha planeado dizer-lhe algumas palavras, mas a voz estava embargada avó, a sua partida deixou-nos a todos sem rumo, e em cada olhar via-se o quão difícil estava a ser para todos lidar com a perda... E mesmo assim, 1 ano depois as lágrimas escorrem, a saudade só aumenta, e tentasse que a dor desvaneça, e esse tem sido o meu maior problema...  

Viveram-se momentos difíceis, foi o ano de grandes obstáculos, e esta foi a minha primeira grande perda onde eu já entendia, onde eu sabia que dali em diante faltaria um grande pilar da família, onde via o avô cabisbaixo, tão triste porque entre vocês apesar da idade permanecia amor, via-se amor, e era tão bom olhar para os meus avós ainda de mão dada, onde se amparavam, onde se entendiam! Sim, eu era a neta babada quando vos via assim tão unidos!

Um ano após a sua perda, ainda dói e vai doer, há uma saudade inevitável que nunca irá passar, porque a avó deixou marcas nos seus, deixou amor, deixou-nos mas continua a ser a nossa VÓ!

Sabemos que a 19 de agosto de 2019, foi o dia mais negro e que os próximos meses foram sem dúvida ainda mais, agora tentamos voltar a rir, tentamos voltar a ser uma família onde há menos um prato na mesa! 

Neguei-me a fazer a festa quando me licenciei quase 1 mês depois da sua ida, pois não faria sentido, não me fazia sentido não poder contar com aquela pessoa que sempre acreditou em mim, que não duvidou sequer 1 segundo que eu ia conseguir, que com a sua fé rezava para que o meu futuro fosse melhor, que me ligava a questionar quando era a próxima avaliação, só para me incluir mais uma vez nas suas orações, mesmo sabendo que eu não acredito, mas essa era a sua crença, e acho que pelo facto de a avó acreditar tanto fazia-me sentir mais segura de mim!

Um ano avó...

Um ano...

 



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E 9 meses se passaram meu amor!
É tão bom olhar para aquilo que estamos a construir juntos, ver o quanto estás a realizar os teus sonhos e a deixares-me fazer parte deles, de poder sonhar contigo e perceber que agora vemos o futuro como um caminho a ser seguido em conjunto!
Eu sei que nem sempre sou a pessoa com o feitio mais fácil, sei que por vezes sou difícil de lidar, mas mesmo assim tu nunca me deixas e vais a trás só para me fazeres sentir melhor, conheces-me como ninguém, e sabes distinguir perfeitamente quando eu me esforço para sorrir, sabes tão bem quando eu preciso de um abraço apertado, sabes tão bem quando preciso de um ataque de cócegas só para rir um pouco e deixar todos os pensamentos negativos de lado, sabes tão bem quando preciso de um beijo e de um ombro!
É tão bom poder ter-te comigo, é tão bom poder dormir todos os dias agarradinha a ti, mesmo sendo tu um desajeitado, e sim eu valorizo tanto o teu esforço para conseguires fazer o mesmo, é tão bom poder deitar no teu peito e ficar ali por horas... É tão bom poder ficar a ver-te dormir, porque eu amo poder aproveitar cada segundo que tenho contigo! E isso, acredita que é amor, em cada detalhe em cada sorriso em cada troca de olhares!
E como eu amo quando parecemos duas crianças, em quando nos comportamos como tal apenas porque isso nos faz felizes, porque nos trás gargalhadas, e muitas cócegas à mistura!
É amor porque estamos lá um para o outro, sem medos sem receios, apenas como um porto seguro, e tu sem dúvida que tens sido o meu maior pilar, porque sem ti estas últimas semanas teriam sido bem mais pesadas... E tu estás la pronto para me dar a mão, pronto para me puxares para cima, pronto para me dizeres que vai tudo ficar bem! E eu valorizo-te tanto meu amor, acredita que mesmo não o dizendo eu sou extremamente orgulhosa da pessoa tu és!
Tu és sem dúvida alguma o melhor de mim! És sem dúvida  a pessoa que me faz feliz, e eu sou a maior sortuda em te ter ao meu lado!
Amo-te com toda a certeza que há no mundo, até mesmo quando me chamas de chiquinha só para me irritares um pouquinho, quando me fazes fazer beicinho para te rires, quando me dás um beijo na testa e me transmites toda a segurança de que é mesmo isto que queres, quando me deixas ficar enrolada em ti, só para me poderes dar miminhos, e ah como eu amo quando esquecemos tudo o resto e estamos apenas os dois, um para o outro!
E eu refuto muitas vezes quando dizes que gostas muito de mim, onde quase sempre te digo que não sei se acredito, mas sabes meu amor eu não duvidei uma única vez que realmente me amas e muito, porque isso é notório, é fácil de ver e entender! É lindo o que temos, é ainda mais incrível quando penso que contigo estou segura, que sei que daqui a uns bons anos mesmo velhinhos cheios de rugas estaremos juntos para o que der e vier, porque eu prometo-te nunca te falhar, de estar sempre lá para ti em todo o instante! Mesmo que seja só para te acalmar, eu estarei lá!
Em 9 meses já temos umas quantas histórias juntos para contar, imagina o teremos quando formos apenas uns velhinhos completamente doidos que ainda se comportam como verdadeiras crianças, porque mesmo aí quando a idade já pesar prometo que irei sempre estar lá para te fazer rir, mesmo que tenha de te fazer cócegas!
Quero sem dúvida aproveitar a vida toda ao teu lado, e tu queres o mesmo?
Nunca te esqueças meu príncipe amo-te muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito!
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E 6 meses se passaram meu amor!
É imprescindível  dizer o quanto sou feliz ao teu lado, o quanto és incrível, mesmo sendo o meu chatinho.
O tempo passa e cada vez mais estou certa que foi mesmo a melhor escolha que fiz, que ter-te encontrado foi sem dúvida o melhor que me aconteceu! Porque sabes que é amor quando deixas tudo para poder ter um simples abraço, e ah como eu amo cada abraço apertado teu! Sabes que é amor quando sorris com o olhar e como eu amo olhar-te bem nos teus olhos! Sabes que é amor quando sentes a maior saudade mesmo que tenha estado contigo à uns 5 minutos...
E tu sabes o quanto eu te amo, mesmo sendo eu a pior pessoa para demonstrar, mas sabes bem que a cada carinho que a cada sorriso e até mesmo a cada “és  mauzinho” está implicitamente um eu amo-te com toda a certeza do mundo!
Eu amo quando me fazes sentir a única pessoa do mundo, quando me dás a mão e me passas a maior convicção de que é isto que queres, quando me pegas ao colo e me fazes sorrir, quando me fazes um ataque de cócegas e eu peço encarecidamente que pares e mesmo assim tu continuas, quando me das um beijo na testa e fazes com que eu entenda que estarás sempre lá para tudo para o que der e vier... Amo quando dormes agarradinho a mim e eu sei que te esforças para o poderes fazer, e eu valorizo cada detalhe teu, nunca duvides disso! Como eu amo quando dizes com cara de mau “ tira a mão dos olhos” porque traduz o quanto te importas comigo!
E sabes, talvez nunca te tenha dito, mas à uns bons meses atrás eu via a vida de uma forma bem diferente, eu sempre disse que não conseguia vê-la para além dos 30, não me perguntes o porquê, talvez porque não te tinha ao meu lado, agora consigo imaginar nós velhinhos ainda de mãos dadas como se o tempo não tivesse passado...
Espero que realmente tenhas essa mesma vontade, que daqui a uns bons anos voltemos a ler estes textos e pensemos que o tempo que passamos juntos está a valer apena!
Eu amo-te, e mesmo que não te diga constantemente tu sabes que é isso que sinto, sabes que sou completamente louca por ti, e que faço qualquer coisa por aquilo que estamos a construir!
És o meu pilar, e valorizo-te ainda mais quando me seguras, quando está tudo no maior pesadelo e me dizes que se precisar vens a correr, consegues acalmar-me só com a tua voz, com o teu super abraço!
Amo até mesmo quando me chamas de chiquinha e sucateira só para me irritares um bocadinho, só para me veres de beicinho...
Tu sabes que não sou pessoa que dê valor a prendas caras, prefiro mil vezes poder passar o dia contigo, ter um beijo a ver o por do sol e a ouvir as ondas, prefiro ficar de conchinha a receber mimos do que tudo o resto que o dinheiro possa pagar, prefiro um chocolate sem ter data nem razão apenas como sinal de lembrei-me de ti junto com um sorriso dos teus que me enche o coração... De quando me ligas sem motivo aparente só para me dares bom dia ou um beijinho de boa noite ou até mesmo para ouvir a minha voz...
E o meu lugar preferido será sempre em cada detalhe teu, em cada lugar que estiver contigo, em cada momento, porque tu és sem dúvida o meu homem!
Amo-te meu amor!

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E 3 meses se passaram meu amor!
E posso dizer com toda a certeza que foram sem dúvida os melhores meses! Sim quem diria que existiria uma pessoa que seria capaz de mudar todo o sentido da minha vida... Surgiste assim de um nada que se tornou no meu tudo, eu fiquei completamente encantada nos primeiros segundos em que te vi, na primeira troca de olhares e no primeiro sorriso... Eu sabia que jamais voltaria a esquecer aquele momento... Despedi-me de ti com o sentimento de que queria ficar, de que precisava voltar, porém mesmo assim dizia a pés juntos que não me queria apaixonar, que não era a altura certa... Realmente tudo acontece quando menos se espera... Dias depois convenci-me de que precisava a todo o custo voltar a ver-te, porque tu mal falavas comigo... E lá fui eu sem te avisar e a morrer por dentro por não saber se irias lá estar... Uns minutos depois apareces-te e eu nem sabia ao certo o que estava prestes a acontecer... Surgiu um primeiro beijo que eu não queria que acabasse, e fui embora com a sensação de e agora?
Lembras-te de me questionares se sentia o mesmo? Era tão obvio que eu sentia, era tão obvio que o que eu mais queria era agarrar-te e nunca mais te largar... E mesmo assim eu fiz de tudo para que não descobrisses a verdade... Eu tentava lutar contra o que realmente sentia, e tu lá no fundo sabias disso... E eu bem queria ficar só mais 5 minutos!
O tempo foi passando e as certezas tornavam-se bem mais claras, eu queria estar contigo, assim sem medos e receios do que viesse a seguir... E tu agarraste na minha mão com as mesmas certezas, e aí eu soube que não era só eu a querer que resultasse...
O tempo passou, e aqui estamos nós a celebrar 3 meses de amor, parece tão pouco tempo para aquilo que já vivemos juntos... Talvez nunca te tenha dito, mas és sem dúvida o meu grande suporte, és a pessoa que me tranquiliza e diz que vai ficar tudo bem, e fazes com que eu acredite nisso! Tu és incrível para mim, fazes-me rir até quando o que mais quero é chorar! Tu estás lá nos bons e nos maus momentos, e consegues fazer-me acreditar que eu consigo... Que eu sou forte o suficiente para lutar contra tudo, que afinal uma cadeira complicada do curso é uma batalha ganha só com um bocadinho de esforço...
Eu amo poder estar ao teu lado, amo poder olhar-te nos olhos e sentir a calma que transbordas, amo poder deitara-me no teu peito e sentir o teu coração acelerado, amo ver-te dormir tranquilo (sim tantas e tantas vezes que te fico a admirar), amo até quando fazes de tudo só para me irritar um bocadinho, amo quando me dás um abraço super apertado que até me deixas sem ar, amo quando me fazes cócegas só para me veres a rir, amo sentir o teu aconchego, o teu carinho, amo quando pegas em mim e me fazes sentir única... Eu amo todos os momentos em que passo contigo!
Eu sou tão mas tão feliz ao teu lado, e quando me questionam o que vi em ti, bem... eu vi tudo o que mais queria e é impossível enumerar...
Hoje tenho a certeza que ter deixado tudo isto acontecer ( e ter deixado de me fazer difícil) foi o que mais certo fiz em toda a minha vida, obrigada por estares ao meu lado, por seres a pessoa que és e por me deixares fazer parte de ti!

Amo-te com toda a certeza meu amor!

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E precisamente 3 anos depois, estou oficialmente LICENCIADA!
Foram 3 anos de luta, em que quis mais vezes desistir do que ficar porém, permaneci e hoje sinto que foi uma das minhas grandes vitórias!
Em 2016 entrei numa das maiores aventuras que me fez crescer, quando se ingressa num curso superior é como se estivéssemos com os olhos completamente tapados para o que vem a seguir, e comigo não foi diferente, houve inúmeras situações que me dececionaram nesta academia que me acolheu, assim como existiram momentos incríveis...
É necessário agradecer a todos que partilharam comigo esta etapa!
Obrigada à minha família (mãe, irmã e cunhadinho), porque sem vocês nada disto seria possível! Obrigada principalmente a ti mãe que nunca me deixaste desistir e não foram poucas as vezes que eu queria mandar tudo para o ar... E tu com a maior calma dizias sempre que este seria um dos teus maiores orgulhos, que se tinha chegado onde cheguei também iria conseguir percorrer o resto do caminho! Foste e és sem dúvida o meu maior pilar!
Obrigada a ti avó que também sempre acreditaste no meu potencial e infelizmente o teu bom coraçãozinho não aguentou até ao dia de hoje para poderes ver a tua neta mais nova licenciada, e tu querias tanto avó!
Obrigada a ti Helena, por seres a melhor parceira que podia existir, por me apoiares em todas as situações e estares pronta para me dares uns bons abanões quando a ansiedade aparecia, foram 3 longos anos em que rimos e choramos juntas, que quisemos sem dúvida desaparecer quando as coisas ficavam mais complicadas, mas tudo se resolvia com uma ida à praia! Foram 3 anos em que vivemos momentos de alta pressão e mesmo assim sobrevivemos! Para além de amiga, tornaste-te numa irmã, e companheira de todas as horas! E quanto mais duvidavam de nós, mais gozo nos dava conquistar cada cadeira! A velinha e os acidentes nunca nos falharam!
Obrigada ao melhor namorado que teve a maior paciência, dedicação e compreensão nestes meses de luta para realizar um sonho... Que me obrigou a estudar mesmo quando eu dizia que já não valia a pena, obrigada por acreditares em mim até mais do que eu mesma! Por estares lá a fazeres-me acreditar que tudo é possível!
Obrigada a vocês minhas Marias, que me aturaram em todos os momentos, que me deram a mão e nunca deixaram de me encorajar, esta luta sem dúvida não foi só minha mas sim nossa!
Obrigada ás Márcias pelos momentos incríveis que passamos juntas!
OBRIGADA!
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O sonho vai ser realizado! Sim, finalmente estou a menos de um passo de tudo se tornar realidade, do tão esperado dia chegar... E do que estou eu a falar? Bem, para quem não me conhece com seis anos foi-me diagnosticado astigmatismo e hipermetropia, desde logo sempre tive uma graduação alta, lembro-me perfeitamente de oftalmologista conversar com os meus pais e dizer-lhes que talvez fosse necessário operar e colocar lentes intraoculares com uso contínuo dos óculos, para eles era um choque, para mim que não entendia nada era tudo abstrato, e para além disso  tudo se resolvia como uma pequena brincadeira, mal eu sabia que os próximos anos seriam de uma dura realidade...
Desde o primeiro dia que me colocaram uns óculos na cara eu soube que para além de aquele objeto ser estranho não me fazia sentir muito bem, parecia que me tinham colocado num mundo completamente diferente, parecia que ia cair (quem usa óculos vai-me entender, o primeiro impacto é difícil)... Poucos dias depois, começou o primeiro ano de escolaridade, e eu era a única menina com um objeto estranho na cara... Não é preciso dizer que a crianças são más, não é preciso dizer que aquele objeto foi motivo de tantas vezes ser "maltratada", vá chamemos as coisas pelo nome, sim eu sofri de bullying... Apesar de que com o tempo lá se foram habituando que aquela era a realidade, e acabou esse pesadelo por passar, (desenganem-se de pensar que aquela crueldade ficou apenas pelo primeiro ano... foi assim todo o tempo que passei naquela escola primária...), com tudo isso eu desenvolvi uns quantos problemas que não vêm ao acaso... Obviamente que eu sempre detestei ter de os usar, apesar de que com o tempo fui-me habituando à ideia de que eles eram estritamente necessários, mas mesmo assim eu parti uns quantos pares, (o que deixava a minha mãe maluca), mas ela sabia no entanto, que era normal, era apenas uma criança a tentar descobrir o mundo, lembro-me de uma vez estar a brincar e de sentir os óculos começarem se a "desfazerem" e de repente um corpo estranho estava no meu olho, e nada mais era do que um parafuso...
Uns anos mais tarde, ouvi o meu oftalmologista que me conhecia desde a época da chupeta como ele sempre dizia, falar de uma cirurgia a laser aí eu paralisei, fiquei concentrada a ouvi-lo falar e só conseguia pensar EU QUERO ISTO PARA MIM, no entanto, para se conseguir fazer esta correção são necessários vários parâmetros e um deles era a idade... Só poderia fazer a cirurgia aos 21 e desde que a graduação estivesse estável à mais de dois anos... Na altura foi como se parecesse uma coisa inalcançável, faltavam uns quantos pares de anos... Mas mesmo assim nunca desisti da ideia...
Passei a adolescência toda à espera dos tão desejados vinte e um! E é escusado dizer que depois de 16 anos a utilizar óculos que ainda os detesto, é fácil de entenderem, são raras as fotos que tenho com este objeto, acabo sempre por os tirar porque não me sinto confortável (há coisas que os "caixa de óculos" não esquecem ou então os "quatro olhos"... Sempre foi complicado para mim lidar com isso...
Agora, estou mesmo na reta final para me livrar deles, à um misto de medo e uma super alegria... É o sonho! É o meu maior sonho! Poder acordar e não ter de os procurar em cima da mesinha de cabeceira, de ter medo de adormecer com eles e acabar por os partir, ou até mesmo de me sentar em cima (sim já aconteceu)...
O processo começou há uns 8 meses, entre consultas e todos os exames surgiu tão esperada data! Aos 22 anos vou concretizar aquilo que sempre desejei e será também a 22 de fevereiro de 2019 que espero que a minha vida mude completamente e para bem melhor!
Sei que o pós operatório será bem chatinho, mas espero que tudo valha bem a pena! Espero que nos próximos dias volte aqui e relate toda a cirurgia, com os detalhes, Para já a preparação foi apenas deixar de usar lentes de contacto (que nunca cheguei a adaptar-me por serem muito "pesadas")  e não usar maquilhagem por 3 dias...
Agora é esperar que o dia chegue e que finalmente me livre dos malditos óculos!




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Hoje pareceu uma eternidade, o tempo parecia que estava contra mim e as horas pareciam infinitas, eu sei que é apenas por eu estar ansiosa, mas é uma sensação estranha de alegria e medo...
Sinceramente, tentei não pensar muito, tentei fazer com que os pensamentos negativos não existissem, mas confesso que aquele enjoo atacou bem ao meio da tarde e não queria passar... Eu sabia perfeitamente que era ansiedade, felizmente consegui controlar e não ter nenhum ataque (como tantas vezes já aconteceu)... Como sempre fui às aulas e por mero acaso com a distração todo o mau estar passou um pouco depois no segundo tempo...
Tive aquela viagem de regresso bem melancólica, de certo modo deparei-me a olhar para a escuridão da noite e ao mesmo tempo para a lua a pedir que amanhã corre-se tudo bem!  Vim assim a viagem toda... A pensar como será não ter mais de usar óculos, como será a cirurgia e o pós operatório.
Há um ligeiro medo que tende a não passar, tanto que estou a obrigar-me a ficar acordada esta noite para que amanhã logo após a operação seja capaz de adormecer para não sentir as famosas dores...
E como tal cá estou eu no meu refugio, a escrever, talvez porque daqui a uns tempos será engraçado reler todos os textos que escrevi nesta altura e perceber que todo este medo não passou de uma enorme tolice da minha parte... Quero tanto poder dizer isso daqui a 1 mês!
Acho que no meio disto tudo o que mais me assusta é o flap ( para quem não sabe o que é aqui vai uma rápida explicação, o flap é parte da córnea que será cortada e levantada para que o laser atue), li em vários blogs que é nessa hora que percebem o que é ver estrelas, pois por uns segundos tudo fica escuro.
O medo não vem da parte de terem que me tocar nos olhos, pois nunca tive agonia de tocar nos olhos, e sempre consegui abri-los em baixo de água por exemplo sem qualquer problema. Mas para além deste e entre outros exemplos que repito para mim mesma de forma a acalmar-me, há sempre uma fração de mim que morre de medo que as coisas não corram da melhor forma...
Este é um daqueles post que escrevo de forma quase incoerente, mas estou a poucas horas de realizar um sonho, e de mudar a minha vida.

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Nunca foi preciso muito para que me acalmassem, nunca foi preciso muito para me fazerem realmente feliz... Esta é a cura caminhada longa que ainda se encontra pela frente. Não há melhor terapia do que ficar a encarar as ondas rebentarem, de ouvir lá ao longe vozes que não decifras mas que certamente estão lá pelo mesmo motivo, à procura de respostas, à procura de calma... É como se o resto dos problemas pudessem esperar, ali é como se uma alma nova nascesse!
Há sempre uma razão que me leva até ti, uma razão para que me sente na parede ou até mesmo na areia e te fique a admirar, foi nas ondas que aprendi realmente a entregar todos os obstaculos e a confiar...  Porque há sempre uma boa resposta que encontras no teu próprio silêncio!





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Tu sabes perfeitamente que existem pessoas que não valem qualquer tipo de sentimento, por vezes nao é fácil descobrir todos os defeitos aquando a conheces, mas com o passar do tempo percebes que existe gente que apenas pairam no ar, digamos que são desnecessárias na tua vida... Com o decorrer dos anos tenho vindo a fazer uma bela coleção, nada digna de ser apresentada obviamente, mas são daquele tipo de criatura um pouco medíocre que só pensa em seu proveito, que só olha para o seu umbigo literalmente... E eu de certo modo infeliz  já tive a oportunidade de me cruzar com algumas delas, no inicio não entendia bem o que aquela pessoa queria tirar de mim, se qualquer resto de felicidade, porque é isso que elas fazem entram de sorrateiro, colam-se a ti do género de sanguessuga e vai-te levando tudo... Elas têm um bom olho para pessoas frágeis, e parece que lhes dá muito prazer sugarem-te por completo, no meu caso talvez por sorte ou por alguma esperteza da minha parte nunca me levaram ao limite, mas recentemente percebi que lamentávelmente o mundo está cheio de parasitas, e isso é terrível! Nunca pensei em encontrar tantos, juro que talvez ingenuamente achava que vivia num bom circulo de amigos... Mas erro meu, com um par de meses descobri que afinal eu era apenas um mero meio para a obtenção de determinado fim... Fim esse, que acabou por não ser concretizado, acho que de certa forma aquele destino em que eu nao acredito, andou a meu favor, e provou-me que talvez exista algo em que os não crentes possam acreditar...
Certo é que apesar de toda essa confusão temos que ter em atenção essas pessoas tóxicas, que te levam todas as forças e que recuperam as delas ao fazer o mal! Acredita, por experiência própria é muito mais fácil deixares-te levar do que colocares um travão naquela situação toda, e é por isso mesmo que alerto para este tipo de gente, sim gente porque nao merecem uma palavra mais enaltecedora,  que fazem eles? Sugam todas as tuas fragilidades e vão jogando as suas cartas a favor delas, enquanto isso tu ficas apenas mais pobre, mais pobre de espirito, angustiada, deprimida e mentalmente doente... E não é de todo aquilo que queres para a tua vida!
Acredita em mim quando digo que não é este tipo de pessoa que queres ao teu lado! Tu percebes quando alguém te está a manipular, pois essa pessoa vai dando sinais, sinais esses que nunca devem ser descartados, tais como controlarem tudo o que fazes, impor à força toda a sua presença mesmo que negues, estas pessoas são destrutivas, inseguras...
E tu tens a certeza que te queres tornar numa das suas vitimas? Afasta-te enquanto podes, não deixes que te destruam, que te pisem apenas para se sentirem um ser superior! Foge, pois eles não dão qualquer oportunidade de manifestares a tua opinião, e é numa pessoa fantasma  que te queres tornar? Completamente invisível?
Liberta-te, acredita mais em ti, sê livre, sê tu e acima de tudo sê feliz!
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Quantas vezes deparaste contigo a olhar para o passado a rebuscar os grandes erros que cometeste desnecessariamente?
 Pois bem acordar com vinte trouxe-me um peso enorme de responsabilidade, não que eu não a tivesse aos dezoito, mas os vinte pesam mais é aquele idade redonda  em que todos dizem que começas a ficar velha, como é possível? A vida para mim mal começou, ainda sou a miúda cheia de sonhos e objectivos por concretizar... Não sei, por vezes dou por mim a imaginar como seria se tivesse aproveitado mais um pouco dos últimos dois anos... Sinto que roubei muito de mim, tantas e tantas vezes recusei sair com amigos à noite porque tinha de trabalhar muito cedo no dia seguinte, quantas vezes faltei a aniversários por ter precisamente o mesmo motivo, sei perfeitamente que a vida não se resume a festas... No entanto, nestes dois anos em que me vi "obrigada" a trabalhar percebi que perdi imensas coisas em alguns aspectos, em outros sinto que cresci e muito...  É totalmente diferente teres a tua independência, e não teres de te sujeitar ao que os teus pais podem ou não dar, o que é difícil sê-lo aos vinte!
Contudo, sei que superei algumas metas, quem diria que a miúda conseguia alcançar um cargo importante em uma empresa em uns meros 9 meses, sim eu orgulho-me disso foi com bastante esforço e dedicação e teve um sabor de uma grande vitória! Abdiquei de tantas coisas... Tal como seguir o meu sonho de sair de Braga para estudar fora... Foi um decisão difícil, confesso que na altura em que entreguei a candidatura teve um sabor agridoce e à mistura algumas lágrimas...
Há quem diga que os vinte são um mar de rosas, porém, começa a complicar de facto em termos de gerir o pouco tempo livre que tenho... De certa forma fui obrigada a afastar-me daquelas pessoas que já não fazem totalmente parte da minha vida, porque realmente eu mal tenho tempo para estar com os que considero bons e grandes amigos quanto mais ficar a fazer sala com apenas conhecidos....
É nesta etapa, que começas a perceber o que realmente queres pois entendes que é necessário ficar "com os pés bem assentes na terra" o quanto antes, e as decisões já não devem nem podem ser irrefletidas. E eu admito que nem sempre é fácil.
Sabes aquelas vezes que desejaste crescer e ser adulto o quanto antes?
Bem, definitivamente eu arrependo-me de um dia ter tido essa pressa de crescer, de me tornar adulta... Agora é sempre a somar....
A nostalgia avassalou-me logo que acordei na manhã de 1 de setembro, não consigo explicar muito bem o porquê, e certamente ninguém vai conseguir entender, mas quando me perguntaram como era ter 20, eu apenas respondi que era igual a ter dezanove, pois afinal são apenas meros números pensei eu... Sem rugas a mais nem a menos, completamente igual ao dia anterior...
E que estes sejam cheios de oportunidades e recheados de felicidade! E acima de tudo que sejam um novo recomeço.


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Nos últimos tempos tenho-me deparado com situações complicadas, que me têm feito desmoronar... Principalmente, porque eu não sei o que fazer, como lidar, que decisão tomar, e sinceramente quanto mais penso, mais as dúvidas aumentam!
Realmente é complicado ter de me tornar numa pessoa adulta, fazer escolhas que determinam parte do meu futuro e não quero vir a martirizar-me com pensamentos absurdos daqui a uns anos mais tarde... Eu sei que talvez me possa vir a arrepender das escolhas que cometi, e não existe pior sensação que aquela de ficar no impasse da dúvida, na minha cabeça só existem "ses" no meio de um turbilhão de pensamentos que carrego. Talvez fosse melhor parar um pouco de me torturar e esmagar com raciocínios negativos, necessito de me libertar um pouco da carga que tenho em cima dos ombros, e que pesa, pesa mais do que imaginei suportar, e é nestes momentos de dificuldade que demonstramos que não somos assim tão fracos como nos definimos tantas e tantas vezes...
Acredito, que um dia conseguirei decidir o que quero, talvez já seja tarde e irei arrepender-me de ter sido tão parva por não ser capaz de facilitar as coisas... Mas será precisamente nesse dia que terei de lidar com as escolhas, e não existirá uma resposta certa ou errada, porque cada uma delas vai definir um rumo diferente à minha vida, e na altura que eu decidir terei que pôr de parte os tais "ses", pois será sempre isso que me impede, que nos impede de viver com tranquilidade.
 Eu cometi um enorme erro, que muitas outras pessoas cometem, pedir opiniões a amigos e ou familiares, com a intenção de eles decidirem por nós, felizmente tenho a sorte de um deles me ter dito "a decisão é tua, por mais complicado que esteja a ser para ti ver a saída, não posso te influenciar, não posso ser eu a dizer o que tens de escolher..."e foi aí que eu acordei e deixei de procurar nos outros a resposta que está só e apenas em mim, como é possível eu ter pedido a outras pessoas que escolhessem o rumo que devo tomar por mim, e que é apenas muito importante para mim? Foi aí que me deparei pela primeira vez, que ainda por vezes sou insegura, problema que e achava à muito estar completamente resolvido, no entanto acho também que é normal aos 19 anos não ter certeza absoluta do que quero fazer, ou então não... O certo é que nunca deveria ter posto nas mãos de outrem uma escolha que só eu poderia decidir!
E este é o propósito, quantos de nós já tenta-mos que outra pessoa escolhe-se o que deveria sermos nós a decidir, só para não termos o sentimento de culpa, que nos fere e corroí? Não se trata apenas de escolher a roupa para o dia seguinte, mas sim o que irei fazer grande parte da minha vida e nisso não posso ser influenciável.  Certamente muitos de vocês já passaram por situações idênticas e neste momento estão-se a rever nas minhas palavras, apenas peço que reflitam, por mais que seja complicado, nós iremos estar constantemente à prova, e fazer escolhas será sempre custoso, apenas façam-nas por vocês para que não hajam conflitos, se der errado deu, a culpa será nossa, iremos aprender e com certeza melhorar, mas se der certo ótimo conseguimos vencer mais uma etapa, e assim será até que um dia já não existirá essa capacidade de ser-mos nós a decidir o que queremos, por isso aproveitem enquanto podem, pois não existe melhor sensação que ter a liberdade de tomar decisões sozinha.

"O diabo desta vida é que entre cem caminhos temos que escolher apenas um, e viver com a nostalgia dos outros noventa e nove." 
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Dias chuvosos trazem-me uma enorme nostalgia, que é acompanhada por um turbilhão de pensamentos que nada têm de inofensivos... Sim é isso mesmo, é durante os dias cinzentos, em que o vento sopra de tal modo que provoca uma sensação de desconforto, onde todos os meus sentimentos que guardo bem lá no fundo decidem vir incomodar-me sem dó de persistirem em me magoar...
Com o tempo toda a raiva e a confusão tende a desvanecer aos poucos, vagarosamente, no entanto não tem sido da forma que eu esperava que acontecesse, tenho realmente vindo a torturar-me constantemente por não ter sido capaz de me livrar de ti! Como é possível eu ainda tentar correr a trás de uma pessoa que não tem qualquer intenção de ficar por perto, a apoiar-me e a suportar-me? Pois bem eu não sei o que fazer, o que decidir, porque por mais que tente repetir na minha cabeça que não mereces mais nada de mim, por não teres sido capaz de te dirigires e pronunciares uma simples palavra como "desculpa" não precisava de mais nada isso chegava para teres tornado tudo muito mais simples de eu suportar, mas ao invés disso preferiste rir na minha cara sem qualquer dó...
Espero sinceramente que um dia mais tarde penses no que não fizeste e te recordes que ainda à pelo menos uma pessoa que feriste e foste embora de um momento para o outro, e é necessário voltares a trás e justificares toda a confusão... Espero também nesse dia ser capaz de te ouvir sem que qualquer lágrima escorra para não te dar parte fraca, assim como eu tenha uma boa capacidade para te deixar falar sem te questionar, pois esse momento será apenas teu!
Portanto espero ansiosamente por essa tua coragem, que provavelmente nunca chegará, mas seria um bom recomeço... Enfim, sempre será uma escolha tua...
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Hoje estou mais uma vez a olhar para o passado, porque tem sido inevitável recordar aqueles momentos, talvez aquela pessoa já nem se lembre, mas eu revivo constantemente... E é tão inútil continuar a pensar em respostas que nunca terei... Sim, essa mesma pessoa foi capaz de me negar uma explicação, apenas preferiu desaparecer sem se importar minimamente com os estragos que causaria. E sinceramente eu deixei que ele escolhe-se, preferi deixa-lo fazer tudo da sua própria forma...
No começo existia uma vontade enorme de o fazer falar, de o fazer esclarecer todo o enredo que criou, mas para quê? Afinal foi ele que decidiu calar-se... Agora que algum tempo passou, estou menos indignada, e já não importa o porquê de o ter levado a fazer tal abominação... Neste momento sinto que estou mais livre, acho que de certa forma o simples facto de me deixar de importar ajudou bastante. E por vezes é isso que me falta, que nos falta...


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Começo a achar que já não faz sentido, estou magoada o suficiente para te deixar partir sem me questionar dos porquês, isto tudo aconteceu sem qualquer previsão, e com o tempo foi-se degradando aos poucos e agora já mais nada resta, a tua ausência tornou-se um hábito para mim, e de que vale eu ficar a olhar para o passado, onde talvez tenha sido feliz se neste momento somos tão mas tão distantes, já não há diálogo, apenas monólogos feitos na minha cabeça com ideias vazias...
E custa, chegar ao momento em que dizes para ti própria que desistes, há uns tempos atrás eu diria que talvez lutasse porque estou constantemente a desistir... Mas é a única solução que encontro para todo este labirinto que criaste! Porque a partir do momento em que me negaste uma palavra, um sorriso e aquele abraço aconchegante... Apercebi-me que nunca mais irias recuar, e então tomei esta decisão que tu ainda nem sabes, mas também não te direi, pois afinal foste tu que decidiste ir... Agora é a minha vez de te voltar as costas, e não esperes que com o passar do tempo mude a minha direção, magoaste-me sem receios, fizeste-me chorar e nem te importaste com isso.... Contudo, levo comigo a tristeza, a angústia, a mágoa e ainda o receio de que tenha tomado uma má decisão mas nisso eu não tenho total culpa não é verdade?
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Hoje quero-vos falar sobre um documentário: o The cove, este retrata o pior pesadelo dos golfinhos de Taji, estreou em 2009 com uma dura veracidade. Ricgard O’ Barry e o realizador Louie Psihoyos e uma pequena equipa embarca numa missão secreta para conseguirem demonstrar uma horrível realidade. Posso dizer que no final de o visualizar me encontro em estado de choque, pois retrata tudo aquilo que nos é omitido. Como os pescadores disseram a Ric “Se o mundo descobrir o que se passa aqui, acabam-nos com o negócio.” E final, vocês devem estar a perguntar do que é que estou a falar. Já alguma vez param para pensar de onde vêm os golfinhos para fazerem espetáculos que deliciam tanto adultos como crianças? Pois bem, tudo isto começou com a grande série Flipper que estreou em 1964 e onde Richard tornou-se o mais famoso treinador de golfinhos. Mal ele sabia que tudo aquilo tornar-se-ia o maior erro da sua vida. Foi com esta série que se começou a despoletar o desejo de nadar, beijar, e abraçar estes animais tão simpáticos, e Ric afirma “Levei 10 anos a construir esta indústria e passei os últimos 35 a tentar destruí-la”. Foi com tudo isto que começou o maior pesadelo, pois, a partir deste momento, as capturas começaram a ser cada vez mais procuradas. No entanto existe uma outra razão para este homem tentar pôr fim ao cativeiro de golfinhos, e conta na primeira pessoa que o que lhe abriu realmente os olhos foi a morte de Flipper, nome fictício, mas cujo nome real era Kathy, “Ela estava mesmo deprimida. Eu bem o sentia. Eu via-o. E cometeu o suicídio nos meus braços. Eu sei que é uma palavra muito forte, mas têm de compreender que os golfinhos e as baleias  não respiram automaticamente como nós, cada inspiração é um esforço consciente, assim podem pôr termo à sua vida quando esta se torna insuportável não respirando na próxima inspiração. É nesse contexto que uso o termo “suicídio”. Foi o que ela fez. Ela nadou para os meus braços e olhou-me bem nos olhos, inspirou, e não voltou a inspirar. Eu larguei-a e ela afundou-se de barriga no fundo do tanque”. Pois é. Eu nunca imaginei que um golfinho pudesse cometer o suicídio. É quase impossível de se imaginar, mas até eles podem. E é então que tudo começa. Richard O’Barry nessa mesma noite decide libertar um golfinho no Laboratório Marinho de Lerner. Porém, no da seguinte, estava na prisão de Bimini. Este diz que foi a sua reação à morte de Kathy: libertar todos os que pudesse e refere que se houver algum golfinho em perigo em qualquer lugar do mundo, o seu telefone toca.
Chegou até a fazer greve de fome com mais duas pessoas: Jae Tipson e Jenny May, para combater o tráfico na Rússia. Porém, no décimo dia, Ric acabaria por desmaiar e como consequência terá sido hospitalizado, enquanto que uma das suas colegas seria assassinada numa praia com um cinto. E eu pergunto-me como que é possível  matarem-se pessoas por estarem a tentar melhorar uma situação? Enquanto tivera Flipper, apercebera-se que estes animais eram mais espertos do que podíamos pensar. “Compreendei que eles tinham consciência de si próprios e que quando tomamos consciência dessa inteligência não humana compreendemos que o lugar deles não é em cativeiro…” Quando entramos num espetáculo, a música a tocar e golfinho a saltar e a sorri, torna difícil ver o problema, mas quando os golfinhos sorriem, esse é o maior engano da natureza, pois cria a ilusão que estão sempre felizes” “Se entrarem em algum delfinário, encontram frascos de Maalox e Tagament: usam-nos porque os golfinhos ficam com úlceras devido à tensão que os treinadores os submetem, o stress mata-os, muitos morrem quando postos em cativeiro devido ao barulho da filtragem, pois eles são muito sensíveis aos sons”.
Mas o grande problema permanece em Taiji, pois é o maior fornecedor do mundo de golfinhos. Os pescadores esperam-nos nas rotas migratórias, a partir das embarcações colocam longas varas na água com um patim na ponta, e quando estes batem nessas estruturas, os martelos criam uma parede de som que os assustam, tudo isto com a intenção que estes se dirijam a uma lagoa e que quando lá cheguem, estejam apavorados e no limite de tensão, os homens selem-na e vão para casa. Só na manhã seguinte os treinadores dirigem-se até lá para escolherem os que querem levar para os delfinários. São levadas principalmente jovens fêmeas que serão posteriormente enviadas para diferentes partes do mundo, cada uma rendendo mais de 150 mil dólares (aproximadamente 112 mil euros). Esta é a verdadeira razão pela qual não se consegue pôr termo a toda esta captura, porque afinal está envolvido muito dinheiro e muito lucro. Todavia, não é só isso que preocupa Ric, é também o que faziam a todos os outros que estavam nas redes e não foram comprados. Pois é! Agora vem a maior atrocidade de todas: qualquer pessoa pode ver a captura mas é completamente secreto o lugar para onde levam os restantes e os chacinam, a água fica completamente vermelha, cheia de sangue, no entanto, só estes pescadores sabem deste terrível ato. E como se não bastasse comercializam a carne. Carne essa que esta cheia de mercúrio e é altamente tóxica, mas nenhum destes homens se preocupa com os malefícios. Apenas lhes interessa o dinheiro e o controlo de pragas, como o governo lhes faz acreditar que é por causa destes animais que existe um menos número de peixe consumível, o que é um absurdo, mas é fácil persuadir pessoas sem posses com uma boa quantia de dinheiro, e ainda se torna mais fácil quando estas são analfabetas e não percebem o quão insensato isto se torna.
Mas como podemos parar isto? Bem será quase impossível diria eu, mas se todos começassem a deixar de ir a espetáculos de golfinhos seria um bom começo para diminuir cativeiros e capturas. Eu sei que muitos me vão dizer que isto nem acontece em Portugal, mas estão enganados como referi em cima aquela lagoa é ponto de partida de golfinhos para todas as partes do mundo, e este é um problema a nível mundial visto que o Taiji continua a ser maior fornecedor e continuará a matar mais de 23 mil golfinhos por ano.

Aqui ficam algumas imagens desta atrocidade:


Espero que assistam ao documentário e pensem sinceramente 10 vezes antes de comprarem o bilhete para um espetáculo de golfinhos. É preciso acabar com este terrível cenário, e para isso é estritamente necessário acabar com os delfinários!
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É incrível ver que depois de dois aninhos que dediquei ao blog, ainda permaneço por cá não tanto quanto gostaria, não tão regularmente como havia prometido, mas mesmo assim não desisti. É totalmente verdade que quase desapareci neste último ano, não por falta de motivação mas sim porque o tempo tem sido escasso e torna-se impossível vir até aqui e escrever algo com interesse....
Queria aproveitar para vos dizer que apercebi-me que quase todos os textos publicados estão direcionados ao meu lado sentimentalista, e isso vai mudar, penso que chegou a essa altura, de mudar o rumo, de abrir novos horizontes de elevar o meu nível de escrita.
Por fim quero agradecer a todos que de alguma forma me incentivam a continuar, que dão criticas construtivas e apoiam, a esses um enorme obrigada!
As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule, retém-nas um nó na  garganta e só nos olhos é que se podem ler.
 José Saramago
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Eu sei que em quase dois anos de blog sempre optei por escrever sobre os meus sentimentos, e apercebi-me que quase nada sabem de mim para além  de ser uma pessoa que teve desilusões e foi magoada, uma e outra vez... E hoje quero-vos relatar o outro lado, o que fui e o que sou hoje, e esta é uma etapa complicada, pois sempre tive a ideia de não me expor totalmente, e estou prestes a fazê-lo, são poucas as pessoas que realmente sabem a minha história, que sabem o verdadeiro porquê da minha falta de auto-estima, de ser tão tímida e calada, de preferir estar sozinha que rodeada de muitas pessoas...
Tudo começou no primeiro ano do ensino básico, uma menina que tinha caído de para quedas numa escola rodeada de crianças que nunca tinha visto. O primeiro dia sempre é complicado, e se querem que vos diga não me recordo nem um pouco dele... Mas o tempo foi passando e eu não me conseguia adaptar, pois ninguém queria brincar com a rapariguinha que usava óculos e parecia esquisita. Como sofri na altura por ter que usa-los, por ter que ouvir as outras crianças a fazer chacota, por ter de usar algo diferente que mais ninguém tinha... Foram tempos difíceis e se pensaram que foi apenas naquele ano posso esclarecer-vos que não, infelizmente tive que aguentar aquilo todos os dias que passei naquela maldita escola, e foi precisamente no último ano que eu estava completamente desgastada psicologicamente de tanto ser motivo de gozo, de passar os intervalos a um canto, a tentar que ninguém notasse a minha presença, para que não ouvisse mais uma vez aquelas malditas palavras.
As coisas foram piorando, não queria ouvir sequer a palavra "escola" porque aquilo significava para mim o verdadeiro inferno, de tal modo que eu fiquei doente tanto mentalmente como se fisicamente, os meus pais não sabiam o que eu tinha, os médicos também não,  tantos exames que fiz e nada de respostas, o tempo foi passando e piorei as febres passaram de médias a altas, entre noites no hospital lá se verificou uma mancha num pulmão, o que me levou a 3 meses de repouso em casa, e mesmo doente eu estava feliz por não estar naquele inferno, mas um dia eu tive de voltar e mais uma vez  não queria estar naquele lugar, e foi talvez aí que se aperceberam que não era apenas aquela mancha, mas algo mais se passava, foi recomendado um psicólogo e lá andei eu, melhorei felizmente, mais auto-estima, menos medo das outras crianças e como uma vitória consegui um pouco de integração.
 O tempo passou, e como previsto entrei uma nova escola na qual me dei bem,e  consegui arranjar algo que me distraía, o basquetebol, essa era a minha melhor terapia no entanto não foi por muito tempo uns 4 anos depois tive a primeira lesão, meses depois uma outra e assim sucessivamente, tantas que perdi a conta, com o passar dos anos de entorses mal curadas,as dores passaram a ser insuportáveis e como era óbvio recebi a terrível noticia "Vais ter que para de fazer qualquer tipo de exercício físico e começar por fazer fisioterapia", foi como se me tivessem dissecado na hora. Como era possível aquilo estar a acontecer comigo, porquê eu? Porque é que mais uma vez estavam-me a levarem-me para o precipício, escusado será dizer que mais uma vez me deixei ir a baixo... Mais uma vez estava eu sem rumo, sem algo que me alegrasse, e deixei-me abater, pois os tratamentos não estavam a dar certo, foram dois anos e meio pesarosos para mim, eram dolorosos e não me levaram a qualquer melhoria.
E lá estava eu no final do ano passado com o diagnóstico de uma depressão. Vocês devem-se perguntar se eu aceitei bem, nem um pouco, refutei disse que aquilo tudo era uma estupidez, não tomei qualquer medicamento que me receitaram e como se isso não bastasse todas  as vezes seguintes que ia visitar a tal médica que os prescreveu ela ficava fascinada de como eles estavam a resultar. Sim eu menti a uma profissional que nem deu conta do meu "teatro todo" bastou um sorriso rasgado para se deixar enganar. E cá estou eu hoje a escrever um breve resumo da minha história, daquilo que enfrentei, e que enfrento.
Se me questionarem se hoje ainda tenho algum preconceito em relação a usar óculos eu respondo claramente que sim, estou prestes a submeter-me a uma operação para corrigir os meus olhos.
Se me questionarem se ainda me sinto mal por não poder jogar, sim como é óbvio, mas tento me habituar à ideia que o meu pé nunca mais me vai permitir jogar. Eu tentei, fiz tudo o que me aconselharam e aceitei cada opinião dos entendidos e já não à nada a fazer, eu desisti de tentar encontrar um outro que me desse uma falsa esperança, apenas porque não me quero voltar a sujeitar a passar por isto mais uma vez e então aqui estou eu com uma lágrima que escorre e outra que me impede de me sentir realizada...
Afinal vou ser sempre aquele menininha que tem medos, e que se deixa arrastar facilmente para o precipício, que tem uma fraca auto-estima. Esta sou eu!
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Começa a ser difícil suportar, sim chegou a um ponto que eu quero dizer basta, que sinto a necessidade de o fazer mas não consigo, e isto torna-se cansativo e desgastante. Nunca me passou pela cabeça que cada dia seria uma luta constante, e que o sofrimento se torna-se maior para ambos, e como é possível continuar a tentar uma e outra vez, quando tudo acabou e já à muito tempo, manter aparências nunca foi para mim, mas parece que o tenho feito e não sei para quê, nem o porquê... Acho que cada vez mais tornar-se-á ainda mais doloroso, e só estamos a complicar, para quê continuar a lutar por uma réstia de sentimento, que me fere, que nos fere... Para quê? Eu sei que nada vai voltar a ser como era, já passou tanto tempo que até eu mal me recordo como era, porque tiveste que estragar tudo, lembra-te que não fui eu que decidi pôr termo, mas sim tu, 4 anos depois decidiste fazer-me recordar de como era, de como seria se nada tivesse-se acontecido, é tarde para te lamentares e me levares arrasto para esse precipício, deixaste-me sofrer, deixaste-me odiar-te por me teres trocado tão facilmente e hoje queres que eu volte... Mas quê, queres que eu seja de novo a marioneta que podes manipular e brincar sempre que te apetece? Não serei mais, cansei-me na altura de aturar tantas vezes as tuas manias, a tua falta de auto-estima.... Despedaçaste-me sem dó, fiquei um cáus e não vou voltar ao mesmo, lamento mas não serei de novo a pessoa que vai aguentar as tuas crises. Fui ingénua, por ter-te deixado fazer parte da minha vida durante algum tempo, e tu decidiste ir embora de um momento para o outro, hoje sou eu que te faço o mesmo, por mais que queiras eu não vou voltar, não porque tu não mereces nada de mim!
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Eu não sei o que se tem vindo a passar comigo ultimamente, apenas tenho deixado levar-me pelos meus sentimentos, que sinceramente não me têm levado a lugar algum... Confesso que tenho saudades daquele tempo que outrora fui de certa forma feliz, sim porque nunca se é feliz o suficiente, queremos sempre mais, e eu não julgo ninguém por isso... Sei que todas as pessoas num ou noutro momento pensaram em futilidades como se elas fossem o correto a fazer. Mas afinal o que é o correto? É tudo tão relativo e num momento de grande confusão tudo fica baralhado e quando o desespero aperta é impossivel manter a cabeça fria, e pensar racionalmente.
Preciso de me conformar que será sempre necessário ultrapassar tempestades, pequenas ou grandes, vão sempre deixar algumas cicatrizes e eu posso dizer que já faço uma pequena coleção, como gostava de vos conseguir explicar tudo o que vai na minha cabeça, mas torna-se complicado, porque faz-me confusão admitir que penso em algumas coisas que já deveria ter esquecido.
Gostava de vos poder contar como seria se eu tivesse feito outras escolhas, outras promessas, outros ideais, mas se eu não o fiz não poderei realmente dizer-vos se não com "ses". Deveria ter-me deixado levar enquanto  tinha a oportunidade, mas não o fiz por medo, ele sim é o culpado por eu hoje não ser tão mais feliz, e sempre será fácil culpá-lo, não é? Quantas vezes fizeste o mesmo que eu faço? Somos cruéis com ele, sim somos, porque o medo só atrapalha quando tu deixas, e nós sempre temos a oportunidade de detê-lo , mas quase sempre optamos por nos deixarmos domar, esse é o erro, e eu sempre soube qual era, mesmo que nunca tenha admitido e decidido mudar, porém ainda vou a tempo, de construir uma nova fase, porque afinal:
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas o texto não.
Citação de Fernando Pessoa.
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Pois é, mais um ano chegou ao fim, muitas emoções aconteceram, muitos bons e maus momentos surgiram e tudo passou, tão rápido que nem me apercebi ao certo que 12 meses se foram.... 
Decide que às 00:00 não vou pedir qualquer desejo como de costume, vou deixar que este novo ano me surpreenda, esperando que seja um pouco melhor que este que nos despedimos hoje. Talvez me reste um pouco de esperança que tenha a oportunidade de realizar tudo o que não pude alcançar até à data, mas tudo bem.... Estarei disposta a lutar para cumprir tudo o que idealizei.
 A vocês que ficam a acompanhar de perto tudo o que escrevo, desejo-vos um excelente 2015 cheio de alegrias e tudo o que mais desejem. 
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Depois de tanto tempo afastada disto, tive uma enorme vontade de voltar aqui e talvez desabafar um pouco, mesmo não sabendo muito bem o que dizer, mesmo estando completamente confusa e sem rumo... Sim desde à dois meses que eu continuo sem saber muito bem que caminhos tomar, se devo desistir ou persistir, se paro ou continuo... São bastantes reticências, eu sei mas se eu não tenho respostas como hei-de saber realmente dizer algo acertado e concreto se nada faz sentido, não sei o que quero e isso envolve outras pessoas,  estou constantemente a magoar aqueles que estão comigo apenas por não saber o caminho que tenho que tomar, e isso começa a incomodar-me porque já faz algum tempo e parece que nada se resolve, talvez num próximo capítulo eu já tenha as respostas e resoluções que necessito, contudo por agora tudo continua igual.
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Ultimamente tenho pensado sobre o quanto necessito de mudar, acho que chegou a altura de pôr os medos de lado e de arriscar, não importa o tempo que leve até conseguir ultrapassar algumas barreiras que me retraem, o relevante vai ser como as vou superar. Eu sei o quanto será difícil fazer novas escolhas, mas tornou-se insuportável continuar neste rumo, pois tudo o que eu idealizei no passado tornou-se um fracasso... Mas nós estamos em constante mudança, tentamos sempre melhorar num ou noutro aspeto e é isso que eu preciso de fazer agora, traçar novos caminhos e novas etapas, saber escolher o que mais me parece certo fazer agora, talvez daqui a um ano esteja a escrever o quanto eu falhei, porém não importa terei tantas outras hipóteses, e no meio de tantos erros e frustrações irei encontrar de certeza algum que me vai fazer realmente feliz e ainda perceber que afinal é mais fácil descobrir soluções do que eu imaginava.
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E hoje tenho total liberdade para pensar que é o fim do mundo, no entanto não é. A nossa cabeça está quase que programada para nos fazer acreditar que nada do que já passamos foi tão doloroso do que estamos a passar agora, quando na realidade já ultrapassaste tão perigosas e tortuosas barreiras, afinal esta é apenas mais uma de uma infinidade que está para vir, porém, somos capazes de acreditar que não existe hipótese de vir a superar... Somos tão vulneráveis e tão fáceis de vencer! É tão fácil querer sofrer, posso talvez vir a afirmar que é muito mais plausível ficarmos melancólicos e angustiados do que realmente felizes. Vocês devem ficar a achar que eu estou tão errada, mas parem e pensem quantas vezes decidimos ficar trancados no quarto a olhar para fotos, mensagens, e recordar momentos que nunca mais vão voltar, é tão mais fácil soltar uma lágrima que um sorriso, é tão mais fácil querer permanecer na angústia do que superar! 
Quantos pensam em abandonar a vida por um mero problema, não vou dizer que estes são os fracos, ninguém é fraco porque todos já fomos fortes numa ou noutra situação, apenas estão cansados de lutar, e o que realmente complica nestes casos é a falta de acreditar... Eu reflito sobre isto porque constantemente vejo pessoas a deixarem-se levar pelo abatimento. Afinal quem nunca teve dias maus? E com tudo isto é também compreensível que lembranças surjam quando menos se espera, acreditem elas conseguem colocar qualquer um acabrunhado, mesmo aqueles que têm a maior autoestima imaginem agora o que acontece aos deprimidos. Contudo existe sempre uma  escolha, e essa é de cada um, ninguém pode tirar um outro do sofrimento, infelizmente não existe nenhuma pessoa com esse dom, todavia, para poder sair e dizer "Eu consegui, finalmente ultrapassei!" é necessário lutar e essa luta é individual.
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Hoje acordei com uma vontade enorme de escrever, não sabia bem sobre o quê, não fazia ideia como haveria de me expressar, ou se tinha coragem para descrever tais sentimentos, lembrei-me de relatar mais uma vez sobre o passado, ou ainda do que me tem feito desesperar nestes últimos dias, no entanto, surgiram-me algumas fraquezas e sinceramente não sei porquê... É verdade que ultimamente tenho andado confusa com tudo, a minha cabeça é um turbilhão e eu não consigo encontrar-me. Começo a achar que me perdi de vez... Como eu gostava de ser segura e de não ter receios. E sabem, o que me retrai é o medo, medo de não ser entendida, medo de errar outra vez, medo de não conseguir enfrentar o próprio medo. Eu sei que tudo isto faz parte, mas o que seria eu se ele não me amedrontasse? Talvez tivesse  lutado, talvez tivesse pedido para aquela pessoa ficar, ou ainda teria sido capaz de enfrentar aquela maldita barreira. Porém, não fui, deixei-me consumir posso dizer seguramente que fui um alvo fácil de derrotar, nunca me tinham dito que era necessário ser forte para ultrapassar os caminhos tortuosos da vida, no entanto com todas as quedas aprendi, tornei-me mais forte, mas ainda tenho medo. Ninguém disse que seria fácil, tal como nunca me disseram que seria impossível.
E a questão é, o que farias se não tivesses medo? Eu imagino-me a cometer as maiores loucuras, a deixar-me levar, a sentir-me realmente livre e segura. Contudo acho que estou num grande momento de divagação, embora eu me tenha sentido feliz enquanto pensei desta forma, todavia recai sobre mim uma profunda tristeza por não ser capaz de viver dessa forma... Ao invés de me tentar explicar vou afogar-me no silêncio, e esperar ter força, coragem e confiança para poder encarar tudo de frente.
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E hoje estou aqui para escrever algo diferente. Para minha felicidade um ano já passou. Quem diria que eu seria capaz de continuar com este projeto, onde tantas vezes pensei em desistir.
No entanto, estou aqui a escrever o vigésimo quarto texto, pois apesar de não serem tantos como eu esperava e de não publicar semanalmente como havia prometido, continuo à procura de temas que cativem e confesso que por vezes existe uma enorme falta de inspiração, acreditem escrever não é fácil.
E a vocês que continuam a ler e a acompanhar todo o trabalho que eu elaboro um muito obrigado, pois do que seria de um blog sem visitas nem leitores? Nada não é.
É tão bom ver que muitos de vocês se identificam com o que eu escrevo, que compartilham os mesmo sentimentos e medos... Melhor ainda é reler textos antigos, e relembrar tudo o que se passou no decorrer deste ano. Vocês ainda se lembram do meu primeiro texto? Cujo título é "E todos já nos sentimos assim", foi a partir dessa publicação que eu comecei a pensar que seria bom partilhar alguns dos textos que escrevo, e aqui estou eu a "festejar" um ano.
Ainda aproveitando este post queria pedir-vos sugestões para o novo "nome" do blog e também alguns temas que gostariam ver retratados por aqui, conto com vocês.

Tânia Filipa.


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Eu sei que tu és capaz de sonhar,e de elaborar um bom plano para o teu futuro, mesmo que não o contes a ninguém pelo menos uma vez na vida paraste para pensar o que farás a seguir. Portanto, ambos sabemos como é complicado fazer escolhas, a confusão aparece e torna tudo ainda mais indistinto. No entanto, é no meio de todo este enleio que achamos uma solução. Eu gostava de vos poder dizer que tudo se irá realizar de acordo com o que idealizaram, porém, não querendo corromper o entusiamo, terei também de alertar que não basta querer temos de lutar para ter... E é aqui onde muitos se descuidam, pensam que lá por terem sonhado e elaborado o tal plano este se vai realizar sozinho, todos sabemos que se não existir esforço, dedicação e muita luta será impossível concretizar qualquer coisa na vida... E aqui surge uma outra prespetiva, se tivéssemos tudo de uma forma fácil será que sabíamos qual é o sabor da vitória? Lembrem-se "tudo o que nos é dado facilmente, também acaba por ir facilmente." Infelizmente, vemos imensas pessoas a reclamarem por aquilo que não têm, contudo, não foram capazes de se esforçarem pelo menos uma vez para conseguirem, na minha opinião falta-lhes apenas um pouco de força, mas isso não faz delas umas perdedoras, afinal para que se reconheça a vitória é necessário que tenha existido uma derrota.
Só o sonhador fiel aos seus sonhos, consegue atingir os seus objetivos...
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